SEDE > Av. Nossa Senhora de Copacabana, 709 - 5º andar:
➢ QUARTAS-FEIRAS: ÀS 8h30m e ÀS 19h30m;
➢ SEXTAS-FEIRAS, ÀS 16h
NÚCLEO PAULO e ESTEVÃO > Rua Rodolfo Dantas, loja 97 (térreo) Copacabana (21 3208-5264)
Semana: de 10 de Novembro a 16 de Novembro de 2025
REUNIÃO VIRTUAL SEMANAL
ESTRÉIA
Dia 10 de Novembro (segunda-feira), às 19h pelo canal do Lar de Tereza no YouTube

Expositor(a): GILMAR ÂNGELO DE MOURA
Integrante do Lar de Tereza (Copacabana, Rio de Janeiro/RJ)
893. Qual a mais meritória de todas as virtudes?
“Toda virtude tem seu mérito próprio, porque todas indicam
progresso na senda do bem. Há virtude sempre que há resistência
voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da
virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do
próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na
mais desinteressada caridade.”
894. Há pessoas que fazem o bem espontaneamente,
sem que precisem vencer quaisquer sentimentos que lhes
sejam opostos. Terão tanto mérito, quanto as que se vêem na
contingência de lutar contra a natureza que lhes é própria e a
vencem?
“Só não têm que lutar aqueles em quem já há progresso
realizado. Esses lutaram outrora e triunfaram. Por isso é que os bons
sentimentos nenhum esforço lhes custa e suas ações lhes parecem
simplíssimas. O bem se lhes tornou um hábito. Devidas lhes são as
honras que se costuma tributar a velhos guerreiros que conquistaram
seus altos postos.
“Como ainda estais longe da perfeição, tais exemplos vos
espantam pelo contraste com o que tendes à vista e tanto mais os
admirais, quanto mais raros são. Ficai sabendo, porém, que, nos
mundos mais adiantados do que o vosso, constitui a regra o que entre
vós representa a exceção. Em todos os pontos desses mundos, o
sentimento do bem é espontâneo, porque somente bons Espíritos os
habitam. Lá, uma só intenção maligna seria monstruosa exceção. Eis
por que neles os homens são ditosos. O mesmo se dará na Terra,
quando a Humanidade se houver transformado, quando compreender e
praticar a caridade na sua verdadeira acepção.”
895. Postos de lado os defeitos e os vícios acerca dos
quais ninguém se pode equivocar, qual o sinal mais
característico da imperfeição?
“O interesse pessoal. Frequentemente, as qualidades morais são como,
num objeto de cobre, a douradura que não resiste à pedra de toque.
Pode um homem possuir qualidades reais, que levem o mundo a
considerá-lo homem de bem. Mas, essas qualidades, conquanto
assinalem um progresso, nem sempre suportam certas provas e às
vezes basta que se fira a corda do interesse pessoal para que o fundo
fique a descoberto. O verdadeiro desinteresse é coisa ainda tão rara na
Terra que, quando se patenteia, todos o admiram como se fora um
fenômeno.
“O apego às coisas materiais constitui sinal notório de
inferioridade, porque, quanto mais se aferrar aos bens deste mundo,
tanto menos compreende o homem o seu destino. Pelo desinteresse,
ao contrário, demonstra que encara de um ponto mais elevado o
futuro.”
896. Há pessoas desinteressadas, mas sem
discernimento, que prodigalizam seus haveres sem utilidade
real, por lhes não saberem dar emprego criterioso. Têm algum
merecimento essas pessoas?
“Têm o do desinteresse, porém não o do bem que poderiam
fazer. O desinteresse é uma virtude, mas a prodigalidade irrefletida
constitui sempre, pelo menos, falta de juízo. A riqueza, assim como
não é dada a uns para ser aferrolhada num cofre forte, também não o
é a outros para ser dispersada ao vento. Representa um depósito de
que uns e outros terão de prestar contas, porque terão de responder
por todo o bem que podiam fazer e não fizeram, por todas as lágrimas
que podiam ter estancado com o dinheiro que deram aos que dele não
precisavam.”
897. Merecerá reprovação aquele que faz o bem, sem
visar a qualquer recompensa na Terra, mas esperando que lhe
seja levado em conta na outra vida e que lá venha a ser melhor
a sua situação? E essa preocupação lhe prejudicará o
progresso?
“O bem deve ser feito caritativamente, isto é, com
desinteresse.”
a) — Contudo, todos alimentam o desejo muito natural
de progredir, para forrar-se à penosa condição desta vida. Os
próprios Espíritos nos ensinam a praticar o bem com esse
objetivo. Será, então, um mal pensarmos que, praticando o
bem, podemos esperar coisa melhor do que temos na Terra?
“Não, certamente; mas aquele que faz o bem, sem idéia
preconcebida, pelo só prazer de ser agradável a Deus e ao seu próximo
que sofre, já se acha num certo grau de progresso, que lhe permitirá
alcançar a felicidade muito mais depressa do que seu irmão que, mais
positivo, faz o bem por cálculo e não impelido pelo ardor natural do seu
coração.” (894)
b) — Não haverá aqui uma distinção a
estabelecer-se entre o bem que podemos fazer ao nosso
próximo e o cuidado que pomos em nos corrigir dos nossos
defeitos? Concebemos que seja pouco meritório fazermos o bem
com a idéia de que nos seja levado em conta na outra vida; mas
será igualmente indício de inferioridade emendarmo-nos,
vencermos as nossas paixões, corrigirmos o nosso caráter, com
o propósito de nos aproximarmos dos bons Espíritos e de nos
elevarmos?
“Não, não. Quando dizemos — fazer o bem, queremos significar
— ser caridoso. Procede como egoísta todo aquele que calcula o que
lhe possa cada uma de suas boas ações render na vida futura, tanto
quanto na vida terrena. Nenhum egoísmo, porém, há em querer o
homem melhorar-se, para se aproximar de Deus, pois que é o fim para
o qual devem todos tender.”
898. Sendo a vida corpórea apenas uma estada
temporária neste mundo e devendo o futuro constituir objeto da
nossa principal preocupação, será útil nos esforcemos por
adquirir conhecimentos científicos que só digam respeito às
coisas e às necessidades materiais?
“Sem dúvida. Primeiramente, isso vos põe em condições de
auxiliar os vossos irmãos; depois, o vosso Espírito subirá mais
depressa, se já houver progredido em inteligência. Nos intervalos das
encarnações, aprendereis numa hora o que na Terra vos exigiria anos
de aprendizado. Nenhum conhecimento é inútil; todos mais ou menos
contribuem para o progresso, porque o Espírito, para ser perfeito, tem
que saber tudo, e porque, cumprindo que o progresso se efetue em
todos os sentidos, todas as idéias adquiridas ajudam o
desenvolvimento do Espírito.”
899. Qual o mais culpado de dois homens ricos que
empregam exclusivamente em gozos pessoais suas riquezas,
tendo um nascido na opulência e desconhecido sempre a
necessidade, devendo o outro ao seu trabalho os bens que
possui?
“Aquele que conheceu os sofrimentos, porque sabe o que é
sofrer. A dor, a que nenhum alívio procura dar, ele a conhece; porém,
como frequentemente sucede, já dela se não lembra.”
900. Aquele que incessantemente acumula haveres, sem
fazer o bem a quem quer que seja, achará desculpa, que valha,
na circunstância de acumular com o fito de maior soma legar
aos seus herdeiros?
“É um compromisso com a consciência má.”
901. Figuremos dois avarentos, um dos quais nega a si
mesmo o necessário e morre de miséria sobre o seu tesouro, ao
passo que o segundo só o é para os outros, mostrando-se
pródigo para consigo mesmo; enquanto recua ante o mais
ligeiro sacrifício para prestar um serviço ou fazer qualquer coisa
útil, nunca julga demasiado o que despenda para satisfazer aos
seus gostos ou às suas paixões. Peça-se-lhe um obséquio e
estará sempre em dificuldade para fazê-lo; imagine, porém,
realizar uma fantasia e terá sempre o bastante para isso. Qual o
mais culpado e qual o que se achará em pior situação no mundo
dos Espíritos?
“O que goza, porque é mais egoísta do que avarento. O outro
já recebeu parte do seu castigo.”
902. Será reprovável que cobicemos a riqueza, quando
nos anime o desejo de fazer o bem?
“Tal sentimento é, não há dúvida, louvável, quando puro. Mas,
será sempre bastante desinteressado esse desejo? Não ocultará
nenhum intuito de ordem pessoal? Não será de fazer o bem a si
mesmo, em primeiro lugar, que cogita aquele, em quem tal desejo se
manifesta?”
903. Incorre em culpa o homem, por estudar os defeitos
alheios?
“Incorrerá em grande culpa, se o fizer para os criticar e
divulgar, porque será faltar com a caridade. Se o fizer, para tirar daí
proveito, para evitá-los, tal estudo poderá ser-lhe de alguma utilidade.
Importa, porém, não esquecer que a indulgência para com os defeitos
de outrem é uma das virtudes contidas na caridade. Antes de
censurardes as imperfeições dos outros, vede se de vós não poderão
dizer o mesmo. Tratai, pois, de possuir as qualidades opostas aos
defeitos que criticais no vosso semelhante. Esse o meio de vos
tornardes superiores a ele. Se lhe censurais o ser avaro, sede
generosos; se o ser orgulhoso, sede humildes e modestos; se o ser
áspero, sede brandos; se o proceder com pequenez, sede grandes em
todas as vossas ações. Numa palavra, fazei por maneira que se não
vos possam aplicar estas palavras de Jesus: Vê o argueiro no olho do
seu vizinho e não vê a trave no seu próprio.”
904. Incorrerá em culpa aquele que sonda as chagas da
sociedade e as expõe em público?
“Depende do sentimento que o mova. Se o escritor apenas visa
produzir escândalo, não faz mais do que proporcionar a si mesmo um
gozo pessoal, apresentando quadros que constituem antes mau do que
bom exemplo. O Espírito aprecia isso, mas pode vir a ser punido por
essa espécie de prazer que encontra em revelar o mal.”
a) — Como, em tal caso, julgar da pureza das intenções e
da sinceridade do escritor?
“Nem sempre há nisso utilidade. Se ele escrever boas coisas,
aproveitai-as. Se proceder mal, é uma questão de consciência que lhe
diz respeito, exclusivamente. Demais, se o escritor tem empenho em
provar a sua sinceridade, apoie o que disser nos exemplos que dê.”
905. Alguns autores hão publicado belíssimas obras de
grande moral, que auxiliam o progresso da Humanidade, das
quais, porém, nenhum proveito eles tiraram. Ser-lhes-á levado
em conta, como Espíritos, o bem a que suas obras hajam dado
lugar?
“A moral sem as ações é o mesmo que a semente sem o
trabalho. De que vos serve a semente, se não a fazeis dar frutos que
vos alimentem? Grave é a culpa desses homens, porque dispunham de
inteligência para compreender. Não praticando as máximas que
ofereciam aos outros, renunciaram a colher-lhes os frutos.”
906. Será passível de censura o homem, por ter
consciência do bem que faz e por confessá-lo a si mesmo?
“Pois que pode ter consciência do mal que pratica, do bem
igualmente deve tê-la, a fim de saber se andou bem ou mal. Pesando
todos os seus atos na balança da lei de Deus e, sobretudo, na da lei de
justiça, amor e caridade, é que poderá dizer a si mesmo se suas obras
são boas ou más, que as poderá aprovar ou desaprovar. Não se lhe
pode, portanto, censurar que reconheça haver triunfado dos maus
pendores e que se sinta satisfeito, desde que de tal não se envaideça,
porque então cairia noutra falta.” (919)
Sugestões bibliográficas:
- Religião dos Espíritos – Pag. 191 – Diante das tentações – Emmanuel/ F.C. Xavier – FEB.
- Alma e Coração – Cap. 59 - Em torno da Virtude – Emmanuel/F.C. Xavier, Pensamento.
- Evolução para o 3o Milênio – Cap. VIII – Its 21 a 26 – Carlos Toledo Rizzini. EDICEL
Se há esportes que auxiliam o corpo, há esportes que ajudam a alma...
A marcha do dever retamente cumprido.
A regata de suor no trabalho.
O exercício do devotamento ao estudo.
O salto do esforço, acima dos obstáculos.
A maratona das boas obras.
O torneio da gentileza.
O mergulho no silêncio, diante da injúria.
O nado da paciência nas horas difíceis.
A ginástica da tolerância perante as ofensas.
O vôo do pensamento às esferas superiores.
A demonstração de resistência moral nas provas de cada dia.
Todos esses desportos do espírito podem ser praticados em todas as idades e condições. E creia que qualquer campeonato num deles será prêmio de luz em seu coração, a brilhar para sempre.
ANDRÉ LUIZ (Waldo Vieira) – Cap. 13
(Do livro: Estude e Viva: Emmanuel/F. C. Xavier – André Luiz/W. Vieira. FEB)
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